quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Jogos de amor.

Grande partida.

A bolinha vai, ping.

A bolinha volta, pong.

É uma partida de tenis de mesa eterna.

Você quer?

O que você acha?

Desligo depois de você.

Não, depois de você.

Você primeiro.

Não, você.

Dura meses.

Beijos tântricos.

Carícias slow.

Wicked Games.

Imagino uma PinUp e um latino com um bigode fino.

Quarto em crepúsculo.

Lençóis luxuriosamente púrpuras.

Suor.

Desejo.

Ela morde o lábio dele.

Ele puxa o cabelo dela, nas raízes da nuca.

Noite de luar.


Ai passam alguns meses, e o jogo muda.

Oi.

Tchau.

Pá.

Pum.

Uma rapidinha na cozinha, pras crianças não acordarem.

Se lavar no chuveirinho.

Fumar um cigarro.

Ronco. Duplo.

Edredom nela, corpo nu nele.

E um café da manhã safado, com pressa.

Mas no crepúsculo, ambos estarão nus, sob lençóis luxuriosamente púrpuras.

Mas em camas diferentes.

Mudaram os jogadores, mas o jogo é o mesmo.

Pode, Arnaldo?

E que os jogos comecem.



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