domingo, 14 de julho de 2013

Homem moderno

Imagine um mundo sem homens...

Pedindo mãos em casamento...

Pagando a conta do jantar...

Trocando fraldas sujas...

Martelando paredes...

Levantando de madrugada para investigar barulhos...

Este mundo, estes homens estão acabando.

Se a mulher pode se emancipar, porque o homem deve assumir algum compromisso?

O sexo, basicamente a única coisa que passa pela cabeça masculina,

Está mais fácil que nunca!

E o melhor, sem precisar de nenhum compromisso!

Honestamente, mulheres, que seus homens não percebam os benefícios de ser solteiro nos dias de hoje.

Nenhum compromisso!

E o homem moderno jamais será julgado!

Sociedade igualitária... Sério mesmo?

sexta-feira, 1 de março de 2013

Nem ai.


Toda vez que você bebe uma cerveja,

uma fadinha morre...

Afogada em seu próprio vomito.

Toda vez que você bebe uma taça de vinho,

um cachorrinho perde a pata...

Tentando atravessar a rua, engatado em uma cadelinha.

Tudo que eu falo é imoral,

é ilegal,

engorda,

faz mal.

Eu não sou um bom lugar.

Eu não sou um bom exemplo.

Eu nem sou.

Eu nem estou.

Eu não estou...

Nem ai!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Paçoquinha rolha.



Estou fumando um cigarro que não é o meu e meu monitor insiste em desligar a todo o momento. O governo proibiu a venda de cigarros mentolados, em longo prazo, mas ninguém consome mais esta iguaria. Aliás, acho que deveria ser proibido o cigarro, e a bebida alcoólica também. Sou apocalíptico.

Quanto ao meu monitor, estou escrevendo sem ver, uma tarefa intrigante, como na época em que meu pai me obrigava a digitar, ou melhor, datilografar sem errar. Nunca aprendi datilografia e muito menos minha letra ajuda. Sempre tive um apreço pelo computador, desde moleque e confesso que digito com uma rapidez e às vezes sem olhar. Estou treinando neste momento, olhando para uma tela preta e torcendo para que isto esteja sendo salvo.

Mas pulando a parte de estar escrevendo ser ver, hoje acordei meio indignado com uma outra iguaria brasileira um tanto quanto estranha, a porcaria da paçoca. Minha irmã é viciada e meu afilhado esta indo pelo mesmo caminho. Mas não é qualquer paçoca, são aquelas em formato de rolha. Paçocas do mal. Confesso que sou meio avesso ao doce, os doutores exigem que eu perca peso com urgência, e que um dos poucos doces que como é o tal de gibi. Mas a paçoca rolha realmente me incomoda.

É um doce salgado, farinhento e que invariavelmente acaba caindo mais da metade no chão. Então é um doce sem nexo. A boca seca e ficamos iguais a cachorro comendo miolo de pão: passando a língua pela boca toda pra tirar a porcaria que fica grudada. Não existe a possibilidade de se dar uma mordida. É um doce egoísta. Ou você põe todo na boca ou perde metade.

É como pegar areia e por em forminhas. Bolo de grama. Quando criança eu ia à praia com meu baldinho e adorava fazer castelos, usando o balde como forma. Um paçocão rolhão! Já ouvi alguns dizerem que tenho complexo com o referido doce, mas não. Só acho muito sem graça como salada de chuchu ou salsinha na comida.

Se o governo, que é um governo sério, quisesse realmente ser levado a sério, deveria vender chuchu e paçoquinha rolha no lugar de cigarro e bebida. Não sou a favor da bebida alcoólica nem do tabagismo, mas vamos devagar com a hipocrisia. Não é proibindo as sacolinhas de supermercado que iremos salvar o mundo, só o tornaremos um lugar mais chato e hipócrita, pois sequer temos coleta seletiva de lixo em todos os lugares! 

Como diria o poeta, espirrar na farinha é bobagem, ou melhor, falar farofa com a boca cheia de paçoquinha rolha é bobagem.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sono radioativo.


Estou numa maré de vagabundagem. Não posso dizer que estou “como o diabo gosta” porque estou como pedi a Deus: sem nada pra fazer, tomando sol e pescando. Por vezes vendo televisão, outras ouvindo uns roquezinhos clássicos, cozinhando, lendo um bom conto maluco de Oscar Wild...

Mas bocejando o dia todo.

Eu não sou hipocondríaco, mas estou quase. Tudo que é tipo de doença eu tenho (eu acho). A última é algum problema cardíaco. Este sono, como diria o outro lá, não é de Deus.

Escrevendo este texto eu bocejei 8 vezes até aqui, isto depois de ter limpado (daquele jeito) a casa.

Estudei durante quase 40 dias para um concurso público macanudo, que resolveria meus problemas de grana, mas acho que não passei. Acertei pouco mais de 50% da prova, pequei nas questões de legislação... Eu confesso que li toda a apostila de 500 páginas, mas me entretive mesmo lendo crônicas do João Ubaldo Ribeiro, grande mestre vivente na Ilha radioativa de Itaparica.

Eu acho que este lance de radioatividade da Ilha de Itaparica veio no livro dele, e me contagiou. Estou bocejando de novo.

É uma coisa rara e quem tiver interesse em saber como funciona o negócio da radioatividade de Itaparica, pesquise, pois ou eu estou com problemas cardíacos, ou radioativo. A famosa radiação de lá ataca em 99% dos casos os homens, que tem uma preguiça sem fim.

Ontem mesmo, estava pescando com minha mãe e dormi com o caniço sobre a barriga por longa meia hora, embaixo de um sol que me deixou da cor do pecado: vermelho.

Não pesquei nada, sequer um lambari ou tilápia pra contar causos mentirosos, muito menos as famosas piranhas da Guarapiranga... Uma lástima, pra quem eu não sei por que curti um soninho muito prazeroso.

Eu preciso de emprego? Não, eu preciso de dinheiro. Se trabalho fosse bom se chamaria diversão, ou esbórnia. Eu honestamente não me queixaria de trabalhar em um lugar legal e ganhar uma grana boa. Mas como a maioria dos empregos não são legais e pagam uma mixaria, acho melhor eu cultivar a radiação por aqui mesmo.

Preciso lavar a louça do almoço, mas estou pensando em deixar quarando sob a luz da lua. Deixe-a fazer o serviço, já que mulher não pega a radioatividade...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Poeminho de verão.


O sol

Ó, o sol

O sol que alumia

Que no mar

Ao fim da tarde,

Afunda

Mas cuidado

Na praia tu leva caldo

E o sol,

mesmo a tarde...



Te queima a bunda


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O Grande Roubo.


Era uma noite fria numa cidadezinha da grande Porto Alegre. Cidadezinha na época. O vento forte perto da meia-noite nada queria dizer senão que era inverno, e dos brabos. Noite perfeita sem luar. Perfeita para cometer um crime, o primeiro desta natureza em minha curta carreira de bandido.

O alvo estava certo, uma residência quase em frente à residência da mente criminosa por trás desta operação friamente – com relação ao clima – calculada.

Seriamos só eu e meu mentor, meu tio e padrinho. Minha mãe ficaria orgulhosa dos bons préstimos que o seu irmão, meu Godfather Bagual dava para a formação de seu afilhado.

Não me recordo bem dos trajes do meu padrinho, do alto dos seus 1,90m (ainda há controvérsias familiares sobre sua real altura) ele vestia algo que realmente não me marcou, diferente da minha bota de borracha, daquelas de chuva, e meu agasalho de algodão, com um capuz cuja cara eu tentava esconder em vão. Minha roupa era cinza quase que como um ninja em formação. Eu usava uma balaclava – popular “touca ninja” que de ninja não tem nada - de mesma cor, arrisco a dizer que fora feita ou pela minha avó, mãe do meu padrinho, ou pela minha bisavó, avó do meu padrinho.

Minha tia, esposa de meu padrinho odiava quando ele tinha estas ideias estapafúrdias. Sim, éramos reincidentes.  Certa vez ele, junto com minha tia e minha irmã, nos levou ao seu trabalho, de madrugada para surrupiar duas, sim duas garrafas de Pepsi-cola da geladeira do governo. Ele era funcionário público. 

Fora a primeira e única vez que vi, com a luz de uma lanterna, uma lebre.
Voltando ao crime, atravessamos a rua sob um vento insuportável que, mesmo pra mim que adoro a brisa forte, estava assustador. A rua estava vazia como se fosse uma cidade fantasma.

Confesso que não me recordo de como entramos no primeiro portão. Aqueles portões de grades com lanças. Realmente minha memória me traiu agora. Mas já dentro do terreno, só tínhamos uma maneira de cometer o furto que era pulando o portão lateral, que da mesma forma que o portão frontal, era de grades com lanças. Porém deste portão eu lembro bem, com dois lances de lanças, uma a mais ou menos 60 cm do chão e outro mais alto, uns 2m. Ai que surge o ladrão...de galinha.

Lembro bem que naquela época – bem como em todas as outras fora quando joguei futebol amador – eu era gordinho. Gordinho porque jamais me chamaria de gordo ou obeso.

Foi ali, naquele lugar, naquela noite fria e ventosa que eu descobri que jamais seria do crime. Ao tentar escalar o portão, minha bota de borracha furou em uma das muitas lanças do portão e fiquei pendurado a apenas 60 cm do chão. Na época eu tinha uns 10 anos e menos de 1,50m. A cena, antológica, quase pos tudo a perder. Mas com uma clássica ajuda de meu padrinho, me empurrando pela bunda, conseguimos adentrar no quintal da casa.

E como dois larápios, furtamos uns 4 Kg de laranja do pé carregado que ficava nos fundos da casa vazia. Os donos possivelmente haviam ido de férias para algum lugar mais quente ou mesmo pescar na praia – comum fazer isto no inverno lá pelas bandas de Pinhal.

Mesmo eu fazendo barulho em excesso e gelado de frio e medo, o cachorro do vizinho não conseguiu que nos descobrissem, mesmo que os moradores da residência ao lado tenham acendido a luz para ver o que o vira-latas estava latindo.

Voltamos, não me lembro como, e mesmo que eu tivesse feito uma força involuntária não fomos pegos. E eu ainda me pergunto, com um sorriso nos lábios, porque corri tamanho risco se nem de laranja eu gosto!

Mas eu sei porque...

Porque era com meu padrinho. Era o cara que gostava de correr riscos necessários. Que infância eu teria se não tivesse pulado a casa do vizinho para furtar as frutas, mesmo não gostando delas?

Que graça teria a minha vida se eu não pudesse rir de mim mesmo e fazer meu padrinho rir, a família toda rir das nossas histórias?

Seja furtando refri, laranja, acampando, pescando ou contando piadas velhas, sempre irei me lembrar de como tive momentos maravilhosos com meu padrinho. Dos vários churrascos demorados que fazia até das musiquinhas que ele cantava, e é claro, das putarias que sempre acabava com as conversas mais sérias.

Desde que fui ao Rio Grande do Sul para me despedir de meu padrinho, eu jamais tive um momento destes, de lembrar as coisas que fazíamos juntos e das milhões de risadas que demos juntos. Um dia depois que cheguei lá, ele resolveu que era hora de ele ir. Quando seu coração parou, o meu e o de muita gente também o fez, mesmo que fosse por breves segundos.

Não terei mais as conversas gigantescas pelo telefone...

Não dói, juro que não dói, Dindo, mas a saudade é muito grande. Não sinto que não te aproveitei ao máximo, eu sinto que você foi muito antes do tempo.

Mas fazer o que?

O grande roubo foi você ter ido assim...

A saudade, quando não cabe dentro da gente, sai em forma de lágrimas, como diria algum poeta por ai.

Sei que jamais serei um padrinho como tu foste pra mim. Agora tentarei ser o melhor padrinho me espelhando em ti, mas mesmo assim, quem ensinará meu filho a roubar laranja do vizinho?

Ainda sou aquele menino, fantasiado de pirata, sentado nos teus ombros...

Esta estrada esta mais triste...



PS: Este talvez não seja o pior post do mundo, mas pra mim é o mais triste.

Vai que...

Reza a lenda que pisar em fezes de animais trás boa sorte.

Hummmm...

Perigoso.

Talvez sim...

Talvez não...

Boa sorte ou dinheiro?

O tamanho da "obra" influencia?

E dizem por ai que se for feita por um pássaro...

...no ombro, também trás sorte!

Ou dinheiro...

Colocarei um elefante numa árvore.

Vai que se não acertar meu ombro,

Eu não possa, descuidadamente, pisar em cima?

Vai que...