Ele consegue superar o ódio.
Supera por apenas um adjetivo: chato.
Existem milhões de formas de amar.
Mas poucas se assemelham àquele café-da-manhã branco, com um casal envolto em um lençol, cortinas ao vento e uma flor amarela dentro de um jarro fino.
Conheço um casal que abdicou do banho em prol do cultivo vitalício e intermitente do amor.
A janta? Tá na pia, junto sobre o almoço e o café da manhã bucólico.
Banho? Só juntos, e se der tempo entre um tsunami de prazer e um terremoto de carícias.
Tem também o que canta e sorri.
Não sorrio, então abomino quem sorri o tempo todo.
É falso!
Mas se é o amor o causador do sorriso... é besta mesmo.
E a música?
Gritos! Urros! Berros!
Uma voz fina tentando alcançar um balcão de literatura inglesa qualquer.
Não, não é voz de taquara rachada.
É bambu!
E o bambu?
Vontade louca de introduzi-lo via BR-101 nos ditos, amantes...
Não, não é amargor.
Só tenho pra mim que o amor e o silêncio, assim como as cortinas e lençóis brancos, andam juntos.
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